A Marcha da Liberdade que contará com manifestos de diversas causas têm em comum a luta pela liberdade. O movimento acontecerá dia 18 de junho a partir das 15h no Parque da Redenção, em Porto Alegre.
Em muitos lugares do mundo e estados do Brasil as pessoas já conseguiram se organizar para protestar e se manifestar pacificamente em defesa de uma mudança na legislação em defesa da legalização da produção e do comércio de maconha. Dia 21/05 foi planejada em SP uma marcha pela legalização da maconha. A justiça impediu marcha e em protesto as pessoas saíram as ruas para protestar pelo direito de livre manifestação. A polícia violentamente reprimiu o protesto como pode ser visto nos vídeos feitos pelos manifestantes. Em São Paulo e outros lugares do Brasil essas manifestações foram proibidas sempre em caráter liminar por um juiz que compara a marcha pela mudança da lei com uma incitação ao crime e apologia ao uso de drogas. É um erro do sistema jurídico requerer a suspensão desse ato legitimo e da justiça em permitir a suspensão desse ato. Isso contraria a constituição federal que no seu artigo 5 º parágrafos IV e IX que garantem a livre manifestação de pensamento independente de censura ou licença; e o parágrafo XVI que permite a todos reunirem-se pacificamente em locais abertos ao público, independentemente da autorização sendo apenas exigido o prévio aviso à autoridade competente.
Em reação a isso outra Marcha aconteceu em SP 28/05 dessa vez juntando diversas bandeiras em nome da liberdade, pura e simplesmente. As pessoas que participaram dessa Macha do dia 28 convocaram uma marcha Nacional da Liberdade. Impedidos de manifestar o desejo de mudança na legislação. A gente se organiza e vem a público pedir respeito ao que já está previsto na constituição: o direito de livre manifestação. Vários outros movimentos vendo a repressão que a marcha sofreu estão solidários com a questão da liberdade em geral. Defende uma reivindicação política aberta explicita que é a liberdade de organização, manifestação e expressão. Há desejo de mudança e reação para não deixar passar em branco o que aconteceu em São Paulo no mês passado. Juntamente com outras pessoas eu me solidarizei e abracei a ideia por isso estou tentando organizar o evento aqui em Porto Alegre.
A marcha que queremos não é uma marcha da maconha é uma marcha pela liberdade. A liberdade é um conceito que tem importância para diversos movimentos. Liberdade sexual, liberdade de pensamento, liberdade do uso consciente dos recursos naturais, liberdade de andar de bicicleta pelas ruas, enfiam, pode parecer genérico, mas acredito que esse é um ponto comum que nos une, todos nós queremos respeito e liberdade. Ressaltando que a MARCHA é uma construção coletiva independente de qualquer partido político ou organização civil estruturada, são apenas pessoas, com diferentes opiniões, mas também com um ponto de vista em comum. Os vídeos no blog explicam melhor a ideologia por trás do evento.
A marcha se transforma cada vez mais em um aglutinador de todos os movimentos sociais historicamente reprimidos. Todo mundo é mídia hoje em dia e isso não pode ser escondido. As autoridades podem pensar diferente da gente mas não tem o direito de impedir que a gente diga o que a gente pensa.
Dentre as propostas que defendemos está a regulamentação do uso de armamento não letal nas manifestações. Propomos uma regulamentação similar a que existe na Argentina. O papel da polícia é prover segurança. Inclusive daqueles que discordam da atual legislação.
Outras bandeiras da MARCHA NACIONAL DA LIBERDADE
Liberdade sexual – legalização da união civil de pessoas do mesmo sexo
Liberdade de expressão – permissão para a livre manifestação de pensamento em espaços públicos.
Liberdade de mobilidade urbana – liberdade para bicicleta ocupar o seu espaço no trânsito das cidades.
Liberdade da floresta – contra o novo código florestal e a anistia ao desmatamento.
Liberdade dos povos indígenas – não a construção da Usina de Belo Monte
Liberdade de protestar – proibição do uso de armamentos mutiladores como bala de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestações pacíficas
Liberdade da integridade física – não ser agredido violentamente pela polícia por manifestar o seu pensamento.
Atenciosamente Luiz Felipe Coruja
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